Para além da experiência anterior da equipa no setor dos resíduos, a escolha desta área deveu-se ao enorme desgaste a que este tipo de veículos está sujeito. “Na altura que começámos estávamos num período de crise do país. Mas os resíduos nunca acabam. É diretamente proporcional ao PIB. Independentemente disso, existem sempre. Para além do desgaste, é muito exigente. Os resíduos corroem tudo, fazemos muito trabalho de substituição de fundos, etc. Em termos de rapidez e disponibilidade é um trabalho muito crítico”.
A empresa só trabalha com veículos pesados, no entanto “Se tivermos um cliente que tem um ligeiro que precise, nós aceitamos o trabalho. Mas não é a nossa área, a nossa especialização são os pesados. A Olimec acompanha o crescimento e evolução do mercado, e por isso dá também assistência a veículos elétricos e a gás.
Juliana afirma que a Olimec trabalha para ser a melhor na sua área de especialização: “Por isso é que em termos de disponibilidade, de carrinhas de assistência, mecânicos com carta de pesados, vamos buscar os camiões ao cliente, fazemos as reparações no cliente, na rua, ou na nossa oficina. Temos torno, temos máquina de cravar tubos aqui e nas carrinhas de assistência. Temos máquinas portáteis nas carrinhas. Fazemos o tubo na hora. O torno é para fazer também as peças na hora”. Numa perspetiva de crescimento, Juliana criou a Olimec e mais 3 afiliadas: a Olimec Ambiente, Olimec Metalomecânica e Olimec Águas. “são serviços. As três marcas foram criadas numa ótica de crescimento. Se um dia viermos a criar um grupo que se divida naquelas áreas, já temos as marcas criadas. Neste momento já temos a Olimec Ambiente, Lda criada, já é uma empresa. A imagem, clean e moderna, é para manter”.
A Olimec iniciou-se, recentemente, na venda de equipamentos: “Vendemos a superestrutura, que é a parte de trás dos camiões, os compactadores e caixas abertas ou fechadas para transporte de resíduos, sob a marca Farid. Também vendemos papeleiras, caixas para dejetos caninos, etc. Porque uma empresa privada que tem a gestão de resíduos de um município confia em nós para tudo, e tentamos alavancar as vendas dessa forma”.
Ao nível das peças, a Olimec faz uma compra centralizada: “Ganhamos força por comprar no mesmo para Palmela e para a Maia. Trabalhamos com a Motorbus, Via pesados, Civiparts e Coperol. E depois temos os fornecedores normais de hidráulica, pneumática, consumíveis, tudo”. Com quase dois anos de atividade, a Olimec tem tido um crescimento significativo, apesar da forte concorrência no setor: “Conquistámos sem ninguém dar conta. No início a concorrência eram oficinas mais pequenas, por exemplo a Top Truck. Agora são os grandes, como a Auto Sueco”.
A CEO da Olimec acredita que os valores que defende, e que a sua equipa partilha, ditaram o sucesso da empresa: “Em termos de confiança, o que nos fez ganhar clientes e o que conquistou o mercado foi o profissionalismo e celeridade a responder aos clientes, a dar orçamentos e o facto de sermos honestos”.
Juliana deixa a surpresa no ar: “Ainda temos muitas coisas em carteira para fazer”.